Promover um grande movimento pela inclusão às crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista. Este foi o objetivo do município de Bom Retiro do Sul com o cronograma de ações ao longo da semana de conscientização ao Autismo.

A Secretaria de Educação criou em parceria com a Coordenadoria da Cultura, a Caravana do André e seu Mundo Azul. Personagem da Turma Mônica com autismo, André representa a neurodiversidade na infância, conforme a responsável, Cristiane de Souza.

A caravana passou por todas as escolas e espaços públicos do município e levou música, adesivos, informação e, sobretudo, reflexão por meio da ludicidade.

De acordo com Cristiane, a ação visa celebrar as diferenças com entusiasmo. "Trabalhamos para que o ambiente escolar seja um espaço acolhedor e inclusivo. Momentos como esse trazem o respeito e a empatia à tona. Elucidam informação, que é fundamental para a conscientização social", frisa.

O coordenador da Cultura, Denilson de Oliveira, diz que a arte é uma ferramenta de inclusão. "A música é capaz de unir. Ver as crianças autistas felizes celebrando com a gente é a maior recompensa deste projeto", destaca.

Estacionamentos e conscientização

A Sala do Tea, da Secretaria de Saúde, junto da Secretaria de Obras, planejou estacionamentos prioritários para famílias de pessoas com o espectro.

No primeiro momento, foram pintados em frente a duas unidades de saúde e do Centro Administrativo. Astor Ely, responsável pela secretaria de Obras, afirma que a meta é levar para espaços públicos de lazer, como o Parque Por do Sol. "Para isso estamos fazendo de readequação do solo. Para termos uma base adequada para a pintura e assim possamos oferecer estacionamentos de fácil acesso às famílias", coloca.

Danusa Líbio, mãe da Mariana, autista de cinco anos, diz que os estacionamentos prioritários são fundamentais. "Nós, pais atípicos, sabemos a importância desses espaços em momentos de crise, principalmente. Queremos chegar logo no carro, para que possamos acalmá-los. Estarmos próximos nos ajuda nesses momentos".

A Sala do Tea promoveu uma ação de conscientização no comércio da cidade. Laços de peito foram entregues junto da divulgação de informações sobre o transtorno. Alice Amaral Lopes, responsável pela sala, diz que a informação gera empatia e respeito.

"Por meio dessa mobilização de vários setores do município, promovemos a conscientização das pessoas. Quanto mais informações terem mais as pessoas conseguem ajudar a acolher essas famílias", conclui.