Publicado em: 15/08/2018 00:00
Saúde
A Administração Municipal de Bom Retiro do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, está em estado de alerta para a infestação do mosquito aedes aegypti, emitida pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, a partir da coleta de amostras que deram resultados positivos no município.
Para atuar na erradicação dos focos de larvas e pupas do mosquito, um comitê intersetorial, envolvendo todas as secretarias municipais, foi montado para agir sobre esta situação, antes que as doenças transmitidas por este vetor, possam a vir se manifestar na população do município.
Larvas e pupas do mosquito aedes aegypti foram identificadas em três bairros do município. “Temos identificado a larva do mosquito em nosso município, mas a doença decorrente da contaminação pelo mosquito ainda não. Por isso, nossa prioridade imediata é agir para eliminar estes focos e voltarmos à condição de normalidade, ou seja, sem focos do mosquito”, disse Paulo Ricardo Marmitt, Secretário da Saúde.
Para reverter esta situação, serão mantidas as ações rotineiras. “Com o trabalho do agente de endemias e das agentes comunitárias de saúde neste monitoramento, conseguimos identificar os focos com a larva do mosquito. Agora, para ampliar o trabalho, novos agentes de endemias serão contratados e todas as propriedades e terrenos baldios, em cada quarteirão e em cada bairro do município serão vistoriados. Faremos um trabalho minucioso para eliminar todos os focos do mosquito”, ressaltou Paulo.
Para que todo este trabalho tenha êxito, o secretário pede a ajuda da população. “Precisamos que todas as pessoas nas suas casas verifiquem a existência de recipientes com água parada e os elimine. A larva do mosquito se cria aonde há água parada. Pneus, vasos, caixas d’água, folhagens, lixeiras, garrafas, piscinas, toneis, baldes, entulho, calhas de água da chuva, tudo deve ser vistoriado. Com a ajuda de todos, a proliferação do mosquito será interrompida o mais rápido possível”, salientou Paulo Marmitt.
Com a ampliação da estrutura de agentes de endemias, o combate à proliferação do mosquito da dengue se dará por ações em visitas a todas as propriedades, com as ações de Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRA) e as vistas aos Pontos Estratégicos pelo (PEs).
Para que a situação de infestação que o município passa seja revertida, é fundamental que a população contribua, seja monitorando as suas propriedades ou permitindo que os agentes de endemias e as agentes comunitárias de saúde entrem nos pátios para fazer a verificação e a coleta de material.
Quais as doenças transmitidas pelo aedes aegypti?
Como destacado, Bom Retiro do Sul não tem casos diagnosticados decorrentes de contaminação pelo mosquito aedes aegypti. Até o momento, apenas larvas e pulpas do mosquito foram encontradas.
Sem o combate a estas larvas, a população corre o risco de contrair doenças como a Dengue, Chikungunya e a Zika, que são transmitias pela picada do mosquito contaminado. O mosquito transmissor tem como características a cor preta, é menor que os mosquitos comuns e apresenta pequenos riscos brancos no dorso da cabeça e nas pernas.
Seu tempo de vida é de 30 dias e pode gerar até 1500 novos mosquitos. Seu habitat é urbano, ou seja, ele vive perto do homem e dentro dos domicílios. Ele tem hábitos diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir dos ovos colocados pelas fêmeas.
Transmissão e sintomas:
O vírus é transmitido através da picada do mosquito aedes aegypti. Os sintomas são manchas na pele, dores no corpo e febre. Em casos suspeitos, evite a automedicação e procure um médico imediatamente.
O que se deve fazer para se proteger:
A melhor maneira de prevenir a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Você pode agir de várias maneiras:
- tampar caixas d’água e colocar telas no ladrão da caixa d’água;
- manter bem fechados toneis e barris d’água;
- manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
- não deixar a água da chuva se acumular sobre pisos e lajes;
- trocar a água dos vãos de plantas aquáticas e lavá-los escova, água e sabão uma vez por semana;
- manter limpos e com escovação frequente os bebedouros de animais;
- jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como potes, latas e garrafas vazias;
- encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de plantas;
- guardar garrafas vazias viradas para baixo e deixar pneus em abrigos;
- usar repelentes.